Dentre as pedras que me tocam
Sinto-as rolar no caminho
São elas ametistas ou quem sabe alguns topázios
...
brilhando na noite plena onde busco as encontrar
Não as vejo a luz do dia...
Vejo-as nas luas cheias
Com seu manto iluminado e a relva feita de luz
Não sinto-as pontiagudas nem mesmo zunindo ao leu
Vejo-as no Céu de minha alma quais brilhantes a lapidar
As que rolam nos riachos se entrelaçam de amor
Unidas pelos destinos...
juntas choram perdem a cor
No rio onde deságua as lágrimas dos olhos teus
Deságuam ódios e dores lapidados pela dor
Onde o viver pulsa e encanta
Sob a bênção do criador.
Várias são suas cores...
quem sabe quantas lá são !
Correndo as águas do rio não conseguem acompanhar
O remanso que encurralas lado a lado a se atritar
É como mudar de vida sob a luz do alvorecer
Pontiagudas de outrora lutando para vencer
Vencer a dor do caminho assim como fez Jesus
Não foi o peso da cruz que manchou o seu trajeto
Foram as pedras que ele ensinara...
Que enlutou o caminho...
foram os inseguros irmãos
Que diante das alvoradas
não ouviram o clarim tocar
Lembraram apenas das suas vaidades para o coração
...abrandar.