sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

"A Dadiva de ser Mãe"



“Todavia, será preservada através de sua missão de mãe, se elas permanecerem em fé e amor e santificação, com bom senso.” I Timóteo 2:15


Mãe é a expressão do Amor de Deus. Ser mãe é uma dádiva de Deus. Ser mãe é receber de Deus um sublime dom. (Gera posteridade)

Ser mãe é receber um singelo dom. (Pois não existe outra forma de gerar o homem a não ser do ventre de uma mãe)

Ser mãe é receber um perpétuo dom. (Ela concebe um ser que nasce para ser eterno, nunca morrerá)

Dizem que cada criança que nasce é um telegrama de Deus anunciando que ainda ama o homem.


A MISSÃO DE SER MÃE
“Talvez um dos papéis mais preponderantes da mulher destacado na bíblia, seja o de mãe, embora todos os papéis sejam igualmente reconhecidos. Esse papel de mãe era tão importante nos tempos bíblicos que a esterilidade feminina chegava a ser considerada uma maldição divina, porquanto furtava a mulher de uma de suas funções mais importante na vida. Há casos destacados com especialidade como o de Sara( Gn 17:15), Raquel (Gn30), e Ana (I Sm 1:2). R. C.


Quanto ao caráter negativo:

Muitas noites acordadas, cansaços físicos, frustrações, renúncias, ingratidões, uma tarefa difícil, árdua.

Ser mãe não é simplesmente colocar uma criança no mundo. Ser mãe não é eximir-se de sua responsabilidade e repassá-la a outrem, como empregadas, babás, parentes, amigos e creches.

Ninguém substitui o amor e o cuidado de uma mãe.

Quanto ao caráter positivo:

É gratificante para a mãe ver o filho que ela amamentou crescido, criado, formado, bem encaminhado na vida.

É honroso para a mãe ver em seus filhos suas próprias virtudes. É alentador para a mãe ser reconhecida por seus filhos como aquela que esteve ao seu lado nos momentos mais difíceis, educando, corrigindo, formando, protegendo, consolando, animando.

Todo e qualquer investimento, afim de que seja próspero tem que ter uma boa mão de que o cuida. Assim é a mãe, para que seu filho seja prospero durante sua vida.

As Ás várias funções da Mãe:

G Gerar (conceber). Alimentar. Consolar. Dar amor. Proteção. Educar. (ensinar, edificar, exortar, corrigir, repreender). “ Ensina a criança no caminho que deve andar e ainda quando for velho não se desviará dele” Pv 22:6 “ Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste. E que desde a infância sabes as sagrada letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Jesus Cristo.” II Tm 3:14,15

AS VÁRIAS MÃES DA BÍBLIA

Ana (mãe de Samuel) a dor da esterilidade, não a faz desistir, mas clama a Deus que lhe responde dando-lhe o primeiro dos grandes profetas de Deus: Samuel, I Sm 1. Depois teve outros cinco filhos como bênção do Deus Altíssimo.

Rispa, a mãe modelo, mãe amorosa, não abandonou seus filhos nem quando morreram; passando aproximadamente seis meses enxotando as aves de rapina para que não comessem os corpos de seus dois filhos expostos na terra. Foi honrada por rei Davi, enterrando seus filhos nas sepulturas dos reis de Israel. (2 Sm. 21:8-14).

Quantas mães já abandonaram seus filhos, mesmo vivos? Uma tristeza.

Rispa, foi uma mãe virtuosa que entendeu e aceitou a missão de ser mãe. Uma mãe verdadeiramente convertida aos seus filhos. ( Malaquias 4:6) Mesmo em face ao sofrimento, e morte, não abandonou seus filhos nem de dia e noite ficava perto de seus corpos não deixando as aves devorar seus corpos.

Quantas mães já desistiram de seus filhos deixando que as aves das drogas, dos traficantes, prostituições, más compainhas, os pecados diversos, filmes e revistas pornográficas, namoros fornicares, namorados dormirem na casa.

Enxote essas aves de seus filhos, mande embora, mas não perca seus filhos.

Maria, mãe de Jesus, o acompanhava em todos os momentos até na hora do sofrimento da Cruz.

Mãe da filha possessa. Saiu da sua cidade Grécia de origem Siro-Fenícia levou sua filha possessa a Jesus para ser liberta. Mc 7:24-30


AS BÊNCÃOS DA MÃE VIRTUOSA
Será sempre lembrada em suas virtudes ( “Como dizia minha mãe”). Não é abandonada na velhice. Não será esquecida nem quando morrer. Será sempre amada. Seu caráter estará evidente em seus filhos e na sua posteridade. Deus a honrará como honrou a Rispa.


O amor de Deus representado simbolicamente pelo amor de mãe: “ Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim. Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que se compadece do filho do seu ventre? Mas ainda que essa viesse esquecer-se dele, eu, todavia , não me esqueceria de ti” Is 49:14,15

“ Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho… Todavia eu ensinei a andar a Efraim; tomei-os nos meus braços, mas não atinaram que eu os curava. Atrai-os com cordas humanas, com laços de amor, e fui para com eles como quem alivia o jugo de sobre as suas queixadas, e me inclinei para dar-lhes de comer.” Os 11:1,3,4


Deus abençoe cada dia as mães. Para que compreendendo a sua missão na terra, nunca desfaleça, nunca desista, nunca desanime, pois estará plantando uma semente, regando com amor, paciência e oração.

Com certeza mãe você verá um dia o fruto de teu trabalho, da noite mal dormida, das lágrimas escorridas, daquele filho que se foi sem dar noticia; Deus te mostrará os frutos de tuas orações, dizendo: “filha bendita nem tudo está perdido vi tuas lágrimas e acolhi tuas orações, vede os frutos de tuas orações e de teu labor.”


(NavegadoR)

"Não Permita"




Não permita
que o tempo escravize você
Tome as rédeas de sua vida.
Trabalhe durante o
expediente normal, com muita disposição.

Mas não deixe
de responder
às mensagens da
secretária eletrônica,
nem que seja somente com um "oi".

Escolha
mensagens de amizade
e otimismo e envie
aos seus amigos e colegas.

Escreva cartas
ou bilhetes,
dizendo às pessoas
como elas são importantes para você.

Abrace bastante seus irmãos,
sua família.
Distribua sorrisos a todos os que o rodeiam.

Viver é a mais emocionante de todas as chances que nosso pai nos oferece.
Paz e Luz!
(NavegadoR)

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Teresa de Calcutá, Chico do Brasil...



Com este título, lemos excelente artigo que nos remeteu a recordações do grande papel desempenhado, no mundo, por Madre Teresa de Calcutá e o médium mineiro Francisco Cândido Xavier.

Ambos nasceram no ano de 1910. Ela, Teresa, na Albânia. Ele, Chico, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais.

Ela, católica. Ele, espírita. No entanto, portavam-se um e outro como verdadeiros integrantes da família universal.

Tinham muito mais em comum do que apenas o ano de nascimento.

Seu mestre era o mesmo, Jesus. Tinham o mesmo sobrenome, amor. Nasceram com o mesmo objetivo, servir. Ela foi laureada com o Prêmio Nobel da Paz. Ele viveu pacificamente toda a vida.

Teresa de Calcutá viveu para os menos favorecidos. Queria ser pobre. Nunca conseguiu.

Seu coração transbordava riquezas: a nobreza da generosidade, as pérolas da fraternidade, os diamantes da solidariedade.

Ela dizia, em toda a sua simplicidade, que a felicidade humana é impossível de ser mensurada.

Como controlar em planilhas estatísticas a felicidade de um faminto que encontra o alimento?

Ela tinha razão. Impossível mensurar a felicidade humana. Por isso, trabalhava sem estatísticas, mas em prol da felicidade e dignidade de seus irmãos de caminhada.

Chico Xavier, do Brasil, o mineiro do século, também queria ser pobre, sem sucesso.

Doou os direitos autorais de seus mais de quatrocentos livros psicografados, que venderam e continuam a vender milhares de exemplares em todo o mundo.

Poderia ter tido polpuda conta bancária. Preferiu a simplicidade. Mas, nunca foi pobre. Sua vida foi repleta de amigos dos dois planos da vida.

Chico era e será, onde estiver, um milionário, um magnata das letras, um ícone da humildade, um pobre das moedas, mas rico de amor...

Narram que quem se aproximava de Madre Teresa de Calcutá não conseguia conter a emoção, devido à irradiação de sua serenidade e sua intensa energia espiritual.

Aqueles que conviveram com Chico afirmam que sua presença iluminava, acalmava, tranquilizava.

Chico e Teresa. Teresa e Chico. Parece que falamos de amigos: Olá, Teresa! Bom dia, Chico!

Mesmo os que não os conhecemos pessoalmente os sentimos como amigos.

Falar de suas conquistas, realizações e aventuras é como falar a respeito de amigos, porque entre amigos não há barreiras, inquietações, constrangimentos.

Teresa e Chico eram amigos do mundo, dos ricos, dos pobres, dos brasileiros, indianos, nigerianos, amigos de todos...

Teresa, de Calcutá e Chico, do Brasil deixaram marcas inesquecíveis e indeléveis. Ambos praticavam o amor.

O convite que nos deixaram é de, dentro de nossas possibilidades, vivermos como eles, servindo e amando para a construção de um mundo mais justo e fraterno.

"Tesouros íntimos"



Se você recebesse a notícia de que a sua cidade seria destruída em poucas horas, certamente buscaria fugir o mais depressa possível. E nesse caso, o que levaria na bagagem?

Quando os soldados de Ciro, o Grande, estavam prestes a invadir a cidade de Priene, na Jônia, a população preparava-se para a fuga.

Homens e mulheres, moços e velhos atropelavam-se, em desespero, tentando salvar seus pertences mais valiosos.

Apenas um homem se mantinha calmo. Era o filósofo Bias, famoso por seus dotes de cultura, moral e virtude.

Era tão ponderado e íntegro que foi considerado um dos sete sábios da Antiga Grécia.

As pessoas, vendo-o tranquilo e sereno, perguntaram se ele não iria preparar a carga que deveria levar, e ele respondeu simplesmente: Eu trago tudo comigo.

Aquele nobre cidadão guardava consigo os patrimônios mais valiosos da retidão, bondade e inteligência, que ninguém lhe roubaria.

E eram esses valores que lhe permitiam colocar-se acima das inquietações daquela hora e das preocupações com os bens efêmeros da Terra.

Sem dúvida, somente as pessoas que constroem essas virtudes e cultivam a fé em Deus, podem permanecer tranquilas diante de qualquer situação, por mais grave que seja.

Ante a notícia, por exemplo, de uma guerra atômica, capaz de aniquilar a raça humana, muitos se desesperariam e o caos se estabeleceria em pouco tempo.

Só aquele que edificou na própria intimidade, os valores imperecíveis, manteria a calma.

Teria a certeza da Providência Divina e da sobrevivência da alma. A lógica e a razão lhe dariam a convicção de que, se tudo fosse destruído, nós continuaríamos a viver, pois somos imortais.

Estaria certo de que Deus não nos deixará ao desamparo. Se não houver condições de vida na Terra, o Senhor nos dará outro lugar para morar, pois na Sua casa, que é o Universo infinito, há muitas moradas.

* * *

O medo, a insegurança e o desejo de posse têm sido os grandes responsáveis pelo desespero e a depressão de muitas criaturas.

A insegurança, filha da falta de fé, gera uma espécie de ansiedade que facilmente conduz à depressão, infelicitando e matando a esperança.

O desejo desequilibrado de posse é um forte componente para o nascimento e a sustentação da violência e do desespero.

A vida agitada, as privações materiais, as provações morais, os conflitos de convivência familiar ou social, só serão superados com tranquilidade por aqueles que cultivam a paz na intimidade.

Esses, e somente esses, é que permanecerão serenos diante de qualquer situação, por mais grave que seja. A exemplo do filósofo Bias, dirão: Eu trago tudo comigo.

A esse estado de alma é que Jesus se referia falando dos tesouros que a traça não come nem a ferrugem corrói, e que ladrão nenhum rouba. São bens eternos e indestrutíveis.

* * *

Você é um ser criado para a eternidade. É como uma chama que jamais se apagará.

Procure cultivar as virtudes que o libertarão das misérias próprias da inferioridade humana.

E lembre-se sempre: Você é herdeiro de Deus. O Universo lhe pertence.

Para conquistá-lo basta fazer a parte que lhe cabe nesta bendita escola chamada Terra, que representa um grão de areia diante do Infinito.

Por tudo isso vale a pena começar agora a cultivar os tesouros morais que nos credenciarão ao voo definitivo rumo à grande luz, rumo aos altos cimos, onde a felicidade já é uma realidade.

Pense nisso!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

***MENSAGEM DE ANO NOVO***




Mais um Ano que está indo embora.
Um Ano onde o carinho e a amizade estiveram
sempre presente .
E agora, o que podemos desejar para o próximo Ano?

Que as verdadeiras amizades continuem eternas e tenham
sempre aquele espaço especial em nossos corações.

Que as lágrimas, mesmo que poucas, sejam compartilhadas.

Que as alegrias estejam sempre presentes e sejam
comemoradas por todos.

Que a inocência das nossas crianças e a sabedoria dos
nossos velhos sejam pelo menos respeitadas.

Que o carinho esteja presente num simples OLÁ, ou em
qualquer outra frase , mesmo que digitada rapidamente.

Que os corações estejam sempre abertos para novas
amizades, novos amores, novas conquistas.

Que Deus, ou seja lá o nome pelo qual você o conhece,
esteja sempre com sua mão estendida,
apontando caminhos.

Que as coisas pequenas como a inveja, ciúmes, desamor,
sejam banidas de vez das nossas vidas.

Que aquele que necessite de ajuda encontre em nós
sempre o conforto a palavra amiga.

Que a verdade sempre esteja acima de tudo.

Que o perdão e a compreensão superem as mágoas e as
desavenças.

Que este nosso pequeno grande mundo virtual seja cada
vez mais humano.

Que tudo o que sonhamos seja transformado em realidade.

Que o amor pelo próximo seja nosso meta absoluta.

E que nossa longa jornada nos próximos 365 dias
seja repleta de flores. .

É o desejo desta sua amiga, que durante estes ano
tem muito mais a agradecer do que oferecer.

Seguindo pela vida.
Encontro Em cada porto um amigo
Em cada amigo um abrigo
Em cada ausência uma saudade
Em cada palavra um carinho
Em cada carinho... meu caminho!

"Francisco Cândido Xavier"



Francisco Cândido Xavier, mais conhecido por Chico Xavier, considerado o médium do século e o maior psicógrafo de todos os tempos, nasceu em Pedro Leopoldo, pequena cidade do estado de Minas Gerais, Brasil, no dia 2 de Abril de 1910.

Filho de um operário pobre e inculto, João Cândido Xavier, e de uma lavadeira chamada Maria João de Deus, falecida em 1915, quando o filhinho contava apenas com 5 anos de idade. Na altura tinha mais 8 irmãos, tendo todos sido distribuídos por vários familiares e pessoas amigas. Como órfão de mãe em tenra idade, sofreu muito em casa de pessoas de precária sensibilidade.

Em 1933 o Dr. Rômulo Joviano, administrado da Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo, deu ao Jovem Xavier uma modesta função na Fazenda e lá se tornou um pequeno funcionário público em 1935, tendo trabalhado consecutivamente até finais dos anos cinqüenta, altura em que foi aposentado por invalidez (doença incurável nos olhos), com a categoria de escrevente datilógrafo .


As suas faculdades mediúnicas são extraordinárias, Sua mediunidade (capacidade natural de ser intermediário entre o plano material e o plano espiritual) manifestou-se, quando tinha 4 anos de idade, pela clarividência e clariaudiência, pois via e ouvia os Espíritos e conversava com eles sem a mínima suspeita de que não fossem homens normais do nosso mundo. Já como jovem e depois como adulto, muitas vezes não diferencia de imediato os homens dos Espíritos. Aos 5 anos, já órfão de mãe, esta manifestou-se várias vezes junto dele encorajando-o e dizendo-lhe que não poderia ir para casa porque estava em tratamento, mas que enviaria um bom anjo que juntaria novamente a família. Esse bom anjo foi a D. Cidália, a segunda esposa de João Xavier, que para casar com o seu pai fez questão de reunir todos os filhos do primeiro casamento e lhe daria depois mais cinco irmãos.

Quando tinha 17 anos, fundou-se o grupo espírita Luiz Gonzaga , onde rapidamente desenvolveu a psicografia, isto é, a faculdade de escrever mensagens dos Espíritos. Época em que se desligaria da Igreja Católica onde deu os primeiros passos na espiritualidade, mas onde não encontrava explicação para os fenômenos que se passavam com ele, designadamente a perseguição de espíritos inferiores de que era alvo. O padre que o ouvia nas confissões foi um conselheiro, um verdadeiro pai e não o dissuadiu do caminho que iniciou no Espiritismo, mas abençoou-o e nunca deixou de ser seu amigo.


No centro espírita começou a psicografar poemas notáveis de famosos poetas mortos, num nível literário tão elevado que os próprios companheiros do grupo não conseguiam atingir integralmente o seu conteúdo. Muitos desses poetas eram totalmente desconhecidos do meio, nomeadamente alguns portugueses: António Nobre, Antero de Quental, Guerra Junqueira e João de Deus. A 9 de Julho de 1932, seria publicada a célebre PARNASO DE ALÉM-TÚMULO , a sua primeira obra psicografada que iria abalar os meios intelectuais do Brasil e tornar conhecida a pacata Pedro Leopoldo.

O estilo dos 56 poetas mortos, entre os quais vários portugueses, era precisamente idêntico ao estilo dos mesmos enquanto vivos, informavam os literatos das academias e universidades dos grandes centros culturais do Brasil, embora não soubessem explicar o fenômeno. Seria o início da sua imponente obra mediúnica que hoje já ultrapassa os 350 livros.

Bastava apenas um desses livros para constituir um roteiro seguro para o homem na Terra rumo à sua alforria, à sua felicidade. Seus ensinamentos revivem plenamente o Evangelho de Jesus e as lições do Consolador que Kardec — o discípulo fiel de Jesus — nos legou com tanto sacrifício e renúncia.

Mas de mil entidades espirituais nos deram informações através das suas abençoadas mãos, provando à saciedade a imortalidade do Espírito e a sua comunicabilidade com os homens. Mas falar de Chico Xavier é falar de EMMANUEL que indelevelmente estará ligado à sua missão. Esse venerando Espírito é o seu protetor espiritual e manifestou-se-lhe pela primeira vez de forma ostensiva em 1931, acompanhado-o desde então até hoje. A respeito desse Benfeitor espiritual nos diz o próprio médium:
Lembro-me de que num dos primeiros contactos comigo, ele me preveniu que pretendia trabalhar ao meu lado, por tempo longo, mas que eu deveria, acima de tudo, procurar os ensinamentos de Jesus e as lições de Allan Kardec e disse mais que, se um dia, ele, Emmanuel, algo me aconselhasse que não estivesse de acordo com as palavras de Jesus e Kardec, que eu devia permanecer com Jesus e Kardec, procurando esquece-lo.

Emmanuel propõe ainda ao jovem Xavier mais três condições para com ele trabalhar: 1ª condição, DISCIPLINA 2ª condição, DISCIPLINA, 3ª condição, DISCIPLINA.

Entre as muitas dezenas de obras mediúnicas de Emmanuel, destacamos os cinco documentos históricos, retirados dos arquivos do plano espiritual, que constituem autênticas obras primas de literatura, e que nos mostram o nascimento do cristianismo e a sua paulatina adulteração logo nos primeiros séculos da era. São os romances mediúnicos baseados em fatos verídicos: HÁ 2000 ANOS … (a autobiografia de Emmanuel, a história do orgulhoso senador romano Publico Lentulus), 50 ANOS DEPOIS , AVE, CRISTO , RENÚNCIA e PAULO E ESTEVÃO (a história de um coração extraordinário, que se levantou das lutas humanas para seguir os passos do Mestre, num esforço incessante ). Esta última obra, de 553 paginas, por si só justificaria a missão mediúnica de Chico Xavier, segundo o erudito J. Herculano Pires.

Em 1943 começara a utilizar a mediunidade do abnegado médium uma nova entidade espiritual que assinará as suas mensagens com o nome André Luiz. Quem não conhece, mesmo aqui, a quadra:

Não se irrite. SORRIA
Não critique. AUXILIE
Não grite. CONVERSE
Não acuse. AMPARE

André Luiz é o pseudônimo utilizado por um espírito que foi médico e cientista na sua última existência e que desencarnou numa clínica do Rio de Janeiro pelo início da década de trinta. É considerado o verdadeiro repórter de além-túmulo. Relata-nos numa séria de 11 livros a experiência do seu pensamento, as dificuldades iniciais, o reencontro com familiares e conhecidos que o precederam na partida para o plano espiritual a observação e as expedições de estudo junto de Espíritos de elevada evolução. Esses relatos começam com o já célebre, livro NOSSO LAR (nome duma cidade do plano espiritual), hoje traduzido em vários idiomas, entre eles o Japonês e o Esperanto e que já vai na 40ª edição em Português, com 800.000 exemplares editados até hoje. Obra que também iria causar e ainda causa uma certa polemica. Nessa série de reportagens a alma humana é profundamente escalpelizada, e onde se confirma na prática os ensinamentos que Jesus nos legou há dois milênios atrás e que Kardec relembra e amplia tão bem sob orientação do Espírito de Verdade. Um dia, no futuro, os médicos, os psicólogos, os sociólogos, etc., ficarão admirados pela sabedoria neles contida, que já no século XX se encontrava no Planeta, apontando diretrizes segura para a felicidade e paz entre os homens.

A obra monumental de Chico Xavier que se considera, segundo suas próprias palavras: um servidor humilde — humilde no sentido da desvalia pessoal , jamais serviu para beneficiar materialmente a sua pessoa. Todos os direitos autorais foram cedidos graciosamente a instituições espíritas, nomeadamente à Federação Espírita Brasileira, e a instituições de solidariedade social. Quando as autoridades públicas lhe concedem títulos de cidadania (mais de cem já lhe foram concedidos) diz que o mérito não é para ela mas para os Espíritos e sobretudo para a Doutrina Espírita que revive os ensinamentos de Jesus na sua plenitude e que ele não passa de um poste obscuro para a colocação do aviso de que a Doutrina Espírita foi premiada com essas considerações públicas .

Há que registrar também que várias centenas de instituições de solidariedade social forma criadas e inspiradas no seu exemplo e obra: orfanatos, escolas para os pobres, lares de deficientes, sopas dos pobres, campanhas do quilo, ambulatórios médicos, alfabetização de adultos, bibliotecas, etc., etc.
Antes de encerrarmos estas notas gostaríamos de registrar ainda o seu ponto de vista em relação às outras doutrinas, filosofias e ideologias, aliás que são o do próprio Espiritismo, mas passemos-lhe novamente a palavra:
Nosso amigo espiritual, Emmanuel, nos aconselha a respeitar crenças, preconceitos, pontos de vista e normas de quaisquer criaturas que não pensem como nós, mas adverte-nos que temos deveres intransferíveis para com a Doutrina Espírita e que precisamos guardar-lhe a limpidez e a simplicidade com dedicação sem intransigências e zelo sem fanatismo .

Estes são alguns dos traços biográficos desse abnegado bem-feitor que renunciou a tudo para que o mundo seja um pouco melhor e que dá pelo nome simples de Chico Xavier.

domingo, 26 de dezembro de 2010

***Quando eu tiver partido***




Amanhã,
quando eu tiver partido,
desejo que você me recorde
alguém que muito a amou.

Desejo que você me recorde como aquela pessoa
que esperou meses para que você desabrochasse no mundo.

E, quando a viu, pequenina, necessitada de tantos cuidados,
teve outros tantos meses de sobressalto, constatando a sua fragilidade.

Desejo que você recorde que foi muito amada, desde o anúncio de sua concepção.

Nascida, foi amada pela beleza dos seus traços, pelo brilho dos seus olhos e pela graça de cada gesto seu.

Desejo que recorde que aguardei seus primeiros balbucios, com ansiedade, para que me dessem a certeza de que você podia dominar as palavras.

Que vibrei com cada conquista sua. Estive ao seu lado quando você foi juntando as letras e leu sua primeira frase. E seu primeiro livro.

Que a busquei na escola, nos dias de sol e de chuva. E, mais de uma vez, andei com você na chuva, porque você, criança, adorava andar na chuva.

Que se lembre das tantas vezes que a levei ao parque. Rolei com você na grama. Subi e desci morros porque você dizia que queria vencer a montanha. E nunca lhe disse que aquilo era só um pequeno morro.

Escalei a montanha, e atravessei o pequeno arvoredo, brincando de explorar florestas.

Quando eu não mais estiver ao seu lado, nesta vida, lembre que eu lhe acompanhei as vitórias na escola, na dança, na música.

Recorde dos meus aplausos, das lágrimas de felicidade, dos sorrisos e dos abraços.

Recorde das idas à Biblioteca, das pesquisas realizadas em conjunto, da busca nos livros e na Internet.

Eu espero que você tenha tudo guardado na sua lembrança. Os presentes escolhidos, os passeios programados, as idas ao cinema, a pipoca, o refrigerante, o lanche, o sorvete.

Eu espero, sobretudo, que você recorde das nossas conversas, dos comentários a respeito das cenas vistas e reprisadas.

Da emoção dos concertos e de como introduzi a boa música em sua vida, numa época em que você estava mais ligada em sons altos, ruído e agitação.

E de como você descobriu a música clássica, erudita e a beleza da música popular, regional, internacional, passando a apreciá-las, em tempo e momento devidos.

Espero que você recorde dos valores morais que exemplifiquei, dos diálogos com Deus de que lhe falei tantas vezes, espontâneos, brotando do coração.

Das preces que juntas fizemos, nas noites mal dormidas, nos dias de enfermidade, nos momentos de alegria.

Porque muito a amei, de onde eu estiver prosseguirei a velar por você. E isso eu desejo que você nunca esqueça.

O mundo poderá lhe apresentar espinhos e machucar seus sentimentos. O sucesso desejado poderá não chegar. Pessoas poderão lhe voltar as costas.

Mas, eu estarei velando por você porque o amor não fenece com o tempo, nem desaparece quando nos transferimos de um mundo para o outro.

Isso será muito importante que você não esqueça: do sentimento que jamais se extingue com o tempo, com a idade, com as alterações mais intensas ou mais profundas.

Por fim, espero que você me possa recordar com igual carinho e ternura com que lhe embalei os anos, os sonhos, as conquistas.

Porque far-me-á muito bem, onde eu esteja, receber as flores do seu coração, perfumadas, sedosas, dizendo que vivo em sua memória e na doçura da sua afeição.

"Canção das mulheres"




"Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ‘Olha que estou tendo muita paciência com você!’

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha.

Mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher."

Compreender o outro é uma arte.

Exige esforço, concentração, desprendimento, disposição.

Alguns poderão pensar: "Mas como posso entrar na mente do outro, penetrar seus sentimentos, e descobrir o que se passa lá?"

Aí está a razão da analogia com a arte.

Exige-nos empatia - colocarmos-nos no lugar do outro.

A palavra empatia é derivada do grego "empatheia", que significa afeto ou paixão, ou ainda "entrar no sentimento".

Os gregos entendiam que para se observar devidamente uma obra de arte era necessário "entrar em seu sentimento", observá-la de dentro para fora.

A quarta edição do novo "World College Dictionary", da Webster, define empatia como: "a projeção de sua própria personalidade na personalidade de outra pessoa, a fim de entendê-la melhor.

É também encontrada como a habilidade de compartilhar as emoções, pensamentos ou sentimentos com outrem."

Alguns terapeutas abraçam uma definição mais ampla. Dizem que somos empáticos quando respondemos à necessidade do paciente, quando lhe oferecemos o que ele precisa para melhorar.

Sem empatia nos isolamos em nossos próprios sentimentos, sem troca, sem alimentação.

Sem empatia nossas trocas de energia encontram barreiras, linhas imaginárias por onde o sentir não consegue passar.

Sem dúvida alguma, a empatia é um novo estágio nos relacionamentos humanos, fundamental para que cresçamos e nos entendamos em níveis mais profundos.

* * *

A proposta do Cristo, de fazermos aos outros o que queiramos que os outros nos façam, é a mais bela e completa lição de empatia até hoje existente.

"Servo de todos"




O mergulho de Jesus nos fluidos grosseiros do orbe terráqueo, é a história da redenção da própria Humanidade, que sai das furnas do "eu", para os altos píncaros da liberdade.

Vivendo os reinados de Augusto e Tibério, cujas vidas assinalaram com vigor inusitado a História, o Seu berço e o Seu túmulo marcaram indelevelmente os tempos.

Aceitando como berço o reduto humílimo de uma estrebaria, no momento significativo de um censo, elaborou, desde o primeiro momento, a profunda lição da humildade para inaugurar um reinado diferente entre as criaturas.

E não Se afastou, jamais, da diretriz inicial assumida: a de servo de todos.

* * *

Jesus concedeu ao verbo servir um significado todo diferente .

Como o maior de todos pôde fazer tal afirmativa? - questionam os apressados.

Servo de todos? Colocar-Se como um subalterno, uma pessoa menor, que apenas serve?

Ora, os grandes do Mundo sempre foram servidos, e jamais servos de alguém!

E tal compreensão ainda é atual, infelizmente, no orbe terrestre: a de que aqueles que têm mais, intelectualmente, financeiramente, precisam ser servidos, e não servir.

Talvez, se compreendêssemos melhor a proposta milenar do Cristo, veríamos que estamos no caminho oposto à felicidade, quando assim pensamos.

É muito lógico pensar que, quem tem mais, pode e precisa dar mais; que aqueles que têm maiores condições na esfera da inteligência, devem colocá-la a serviço dos menos capacitados.

Essa é uma das propostas do Cristo, não só em Seu verbo, mas enraizada em Suas ações.

O ser mais perfeito que esteve na face da Terra, esse Espírito que já alcançou os patamares evolutivos que todos almejamos, veio à Terra para servir!

Os grandes servem! Eis a lição clara, que precisa tomar espaço em nosso íntimo.

Não há humilhação alguma em servir, em ser servo! São os preconceitos da alma humana que criaram esta impressão falsa.

Assim, se queremos ser grandes, se desejamos construir uma felicidade madura, real, o caminho de servir é fundamentalmente seguro e necessário.

* * *

Quando se aproxima mais uma celebração do nascimento de Jesus na Terra, e temos ensejo de fazer balanços e avaliações em nosso viver, recordemos da lição do servir.

Estamos servindo à nossa família como poderíamos? Estamos servindo à sociedade de forma suficiente? Estamos servindo ao bem, de acordo com o potencial que temos?

Quem conhece as lições do Cristo, e Sua grandiosidade no que diz respeito ao poder de transformação do Espírito humano, já tem muito para dar, e pode ser servidor poderoso.

Servimos, toda vez que estendemos a mão a quem precisa.

Servimos, sempre que contribuímos para o sorriso dos outros, ao invés de provocar o choro amargo.

Servimos, toda vez que cumprimos com os deveres de pai, de mãe, de filho.

Servimos, sempre que escolhemos o bem, o entendimento, a conciliação, nas disputas inter-relacionais ao nosso redor.

Seja servo de todos e seja mais feliz.

"Seu Valor"




Muitos de nós
não consideramos o trabalho
de algumas pessoas importantes.

Algumas pessoas trabalham para que o pão
chega às nossas mesas, há aqueles que
encher as prateleiras dos supermercados.

Outros mantêm os corredores
de escolas e hospitais limpos.

Há pessoas que varrem as ruas,
que coletam o lixo,
ônibus, abrir portas de empresas.

Sem o trabalho dessas pessoas,
nosso trabalho não iria acontecer,
ou talvez a vida não seria possível.

O mundo é como uma grande empresa,
onde cada um de nós tem um
trabalho específico e indispensável.

Se alguém não executar o seu trabalho,
outros irão notar isso.

Nós dependemos uns dos outros.
Para viver,
para trabalhar,
ser feliz!

Vamos pensar nisso!

"A fascinação dos números"




O inesquecível personagem de Saint-Exupéry, o Pequeno Príncipe, trouxe inúmeros pensamentos sábios ao mundo.

Uma de suas constatações nos diz que as pessoas grandes adoram números.

"Quando a gente fala de um novo amigo, elas nunca se interessam em saber como ele realmente é." º afirma ele.

"Não perguntam: Qual é o som da sua voz? Quais são seus brinquedos preferidos? Ele coleciona borboletas?

Mas sempre perguntam: Qual é a sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa?Quanto o pai dele ganha?

Só então elas acham que o conhecem." º termina ele por dizer.

Exupéry nos convida a redescobrimos o que há de bom na infância, a redescobrir a pureza, a essência das coisas e da vida.

E quando nos fala, de forma até inocente, sobre as pessoas e os números, nos alerta para algo muito grave: viciamo-nos em números.

Associamos o tempo sempre a números.

Esquecemos que os numerais atribuídos à medição do tempo são convenções, e nos escravizamos a elas.

Muito tempo; pouco tempo; não vai dar tempo; tempo de sobra.

60 segundos; 60 minutos; 24 horas; 365 dias º são números que parecem nos perseguir. Vivem em nossos sonhos, pesadelos e em nossas urgências maiores.

Esquecemos que o tempo é oportunidade, é sucessão de experiências e de fatos, e que deve ser aproveitado ao máximo, tendo em vista nosso crescimento espiritual.

15 anos de vida; 30 anos; quarentões; sessentões; terceira idade º são todos rótulos que criamos no mundo, e que, na verdade, não correspondem à idade verdadeira, à idade da alma.

A idade da alma está associada não ao tempo dos números, mas à disposição, ao humor, ao ânimo, à coragem.

Encantamo-nos ao ver relatos de pessoas que depois dos 90 anos vão aprender a ler, e dizem-se realizadas, sentindo-se mais jovens do que nunca!

Não é força de expressão! Elas são jovens mesmo. A idade do corpo pode ser disfarçada, maquiada. A da alma, nunca.

Como avaliar, julgar alguém, pelo número de dígitos em sua folha de pagamento? Pelas roupas que pode comprar; pelas viagens que pode fazer; pelo ano de seu automóvel?

Dizendo assim, parece absurdo, exagero, mas é a forma de muitos procederem no que diz respeito aos números e aos julgamentos que fazemos.

Muitos têm números como objetivos: números na balança; números das loterias; número de clientes; números de metas de vendas, etc.

Ainda não descobriram que o mundo verdadeiro não é feito de numerais, que os objetivos maiores da vida, as aquisições de maior valor, nunca poderão ser mensuradas desta forma.

É tempo de conhecer os outros e a nós mesmos pelo que somos, e não por tudo aquilo que os números podem contar.

Números nunca poderão medir felicidade. Números nunca poderão mensurar alegria. Nunca poderão ponderar o amor.

* * *

Mas se neste mundo ainda não pudermos escapar dos números, pensemos nestes:

Quantos sorrisos damos ao dia?

Há quanto tempo não dizemos que amamos alguém? Não este "Eu te amo" de novela, mas aquele dito e sentido por todas as partes da alma.

Quantos segundos dura seu abraço?

Qual a data que você escolheu para abandonar um vício, para se libertar de algo que o escraviza?

Quantos dias faltam para você começar a ser feliz?

"A face do Senhor"




Narra antiga lenda que, após a descida de Jesus da cruz,
Nicodemos, muito comovido, guardou o lenho e pôs-se a esculpir nele
o amado amigo, conforme o vira pela última vez.

Trabalhou por largo período com esforço e carinho,
realizando uma escultura excepcional.

Deixara, porém, o rosto para fazê-lo em último lugar.

No entanto, por mais que tentasse não conseguia
transmitir à madeira rústica a incomparável expressão
de sofrimento e amor com que o Mestre exalara o último suspiro.

Já desanimado e supondo-se incapaz de fazê-lo, adormeceu,
numa oportunidade, exausto e triste, ante a magnífica obra inacabada.

Sonhou, então, que um anjo se acercou da escultura e,
rapidamente realizou o que ele tanto desejara fazer sem o conseguir.

No auge do júbilo, Nicodemos despertou e,
antes de lamentar haver sido apenas um sonho, se deparou com
a face do Cristo
superiormente esculpida, completando com perfeição
o conjunto harmonioso.

Na cidade de Lucca, na Itália,
encontra-se a "Santa Face",
uma obra escultural de autor desconhecido,
que a fantasia popular e religiosa vestiu de lenda...

Deixando à margem o exagero,
descobrimos uma simbologia oportuna que merece reflexão.

Na sociedade moderna, em que a justiça,
amor e a liberdade são sacrificados, permanecem os
instrumentos de flagelação que o cristão, à semelhança de Nicodemos,
deve transformar na face da paz e do perdão em favor de
uma vida digna de ser preservada.

Quando, no entanto, os esforços parecerem inúteis e vãos,
já à beira do desalento, os Espíritos da Luz vêm auxiliar a completar
obra que refletirá a presença do Cristo sustentando a
criatura desesperada e infeliz.

***

Cada um vê a face do Senhor, no mundo, conforme a sua necessidade.

Madalena a viu de uma maneira diversa de Pilatos.

Pedro a conhecia de forma diferente de Judas.

João percebia a face do Mestre de forma diversa de Tomé, e assim por diante.

E ainda hoje é assim.

Deixe-se, pois, esculpir pelos anjos, de modo a oferecer a todos, a confortadora face do Senhor impressa em sua conduta.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

"MÃOS"






Mãos que correm o papel a registrar idéias e ideais.
Mãos que constróem casas, cidades, murais.
Mãos que plantam, colhem, alimentam.
Mãos que desenham, pintam, reproduzem, expressam tons, cores, emoções.
Mãos que afagam, abraçam, tocam, transmitem calor, luz, vibração.
Mãos que também batem, se fecham, arrastam, ferem...
Que também aprisionam, pesam , esmagam, sufocam...
Curam e matam.
Embalam e agridem.
Acariciam e ferem.
Apenas veículos que
expressam toda riqueza e
toda contradição que há
dentro de cada ser humano.
Instrumento de ação para traduzir tudo o que cabe num coração.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

"Nacimiento especial"




Todos los años los cristianos conmemoran la Navidad en el día 24 para el 25 de diciembre. La historia nos cuenta que Jesús, nuestro Maestro, en verdad no nació en ese día y apunta algunas fechas probables, especificando el día, el mes y el año.

Por fin, ¿cuándo realmente habrá nacido Jesús? ¿Y dónde? ¿En Nazareth o en Belén?

Si preguntáramos a Francisco de Asís lo que él sabe acerca del nacimiento de Jesús, él nos contestaría:

Jesús nació el día que, en la plaza de Asís, entregué mi bolso, mis ropas e incluso mi nombre para seguirLo, pues sabía que Él es la fuente inagotable del amor.

Si indagáramos al Apóstol Pedro de cuándo se dio el nacimiento de Jesús, él nos respondería:

Jesús nació en el patio del palacio de Caifás, en la noche que el gallo cantó por tercera vez, en el momento que yo negaba otra vez a mi Maestro.

Fue en ese instante que mi conciencia se despertó para la vida verdadera.

Si cuestionáramos a Juana de Cusa acerca de dónde y cuándo nació Jesús, ella nos diría:

Jesús nació en el día que, atada al poste del Circo en Roma, escuché al pueblo gritar:

"¡Niega! ¡Niega! ¡Renuncia a Él!"

Y el soldado, con la antorcha encendida, diciendo:

"¿Ese tu Cristo te enseñó únicamente a morir?"

En el instante que sentí el fuego subir por mi cuerpo, pude con certeza y sinceridad responder:

No me enseñó solamente eso. Él también me enseñó a amarte.

Fue entonces que Jesús nació.

Si interrogáramos a Lázaro dónde y cuándo nació Jesús, su respuesta sería:

Jesús nació en Bethania, en la tarde que me visitó en el túmulo y me ordenó:

"¡Lázaro! ¡Levántate y ven hacia fuera!"

En ese momento, comprendí quién era Él y Él nació en mi.

Y Saulo, el Doctor de la Ley transformado en Pablo de Tarso, nos afirmaría:

Jesús nació en el camino de Damasco, al medio-día, cuando la luz que Lo envolvía me cegó y escuché Su voz:

"¿Saulo, Saulo, por qué me persigues?"

En ese instante me di cuenta de que había un mundo nuevo y le dije:

¿Señor, qué quieres que yo haga?

La mujer samaritana, de la ciudad de Sicar, nos diría que Jesús nació cerca de la fuente de Jacob, en la tarde que ella Lo encontró y Él le ofreció beber del agua viva, que sacia toda la sed, pues viene del amor de Dios y santifica los seres.

Aquella tarde, Fotina descubrió que Jesús era el Hijo de Dios y modificó su vida.

Finalmente, Maria de Nazareth, sonriendo, nos diría que Jesús nació cuando se escondió de las estrellas en las tinieblas de la Tierra.

Cuando Lo sostuvo por primera vez en los brazos y sintió que allí se cumplía la promesa de un nuevo tiempo. Aquél Niño, enviado por Dios, vendría a enseñar a los hombres, Sus hermanos, la Ley Mayor del Amor.

* * *

Si ya te permites envolverte en las claridades del Evangelio, permite que Jesús nazca en tu corazón.

Deja que Sus vibraciones te penetren al Espíritu y esparce el perfume de Su presencia en la senda por donde avanzas en la búsqueda de la vida.

Reconstruye mentalmente el sendero recorrido desde que la sinfonía de la Buena Nueva te tocó y proponte a vivir el mensaje del Maestro Jesús, que es tu Modelo y Guía.

Entonces, Él finalmente nacerá en ti.

MUITO SABEMOS, POUCO FAZEMOS




Um feixe de flores róseas e lilases, firmemente atado,
é colocado sobre a carroça de madeira clara.
E lá vai ela vencendo a ladeira.
Na terra nua as crianças brincam, apoderando-se
dos ramos que fazem rastro no chão.
Acompanham os cavalos, alegres e barulhentos.
Chegam à cidade, condutor e carroça.
E logo as flores, separadas em pequenos ramalhetes,
são passadas para outras mãos.
E vão-se para outros espaços, enfeitar as casas,
alegrar as vistas, encher de perfume o ar.
O mesmo cheiro,
a mesma cor que traziam consigo...
integrados na expressão daquilo que são.
Quando paramos para imaginar as histórias que vivem
em cada fato corriqueiro de nossas vidas?
Quem imagina as flores que compra
balançando ao vento, num sítio cultivadas,
tendo seu destino traçado já quando nascem,
ou brotando livres no campo,
inconscientes da própria beleza?
Se pudéssemos ver o que há por detrás de cada coisa,
talvez compreendêssemos melhor
aquele olhar que nos é lançado ou
a palavra aguda que fere o nosso orgulho.
Ah, se não nos limitássemos às análises daquilo que
percebemos no imediatismo e
estreiteza da nossa visão!...
Talvez conseguíssemos entender melhor
as nossas próprias razões e desatinos.
Se olhássemos para nós mesmos,
sentindo a densidade da nossa experiência pregressa,
se a acumulássemos, não na forma dos hábitos que cultivamos,
mas como aquele que por ter muito visto,
conquistou tolerância e paciência, talvez pudéssemos
agir menos impulsivamente.
Quem sabe, assim, teríamos elementos para
impulsionar uma ação mais reta,
menos sujeita às intempéries dos humores.
É preciso atribuir um sentido mais amplo ao nosso próprio existir.
Que abracemos o que somos,
vendo que aí está embutido o que fomos.
Mais do que aprender,
precisamos aplicar o que aprendemos.
Pois muito sabemos, é verdade, mas
pouco fazemos para mudar.
Usamos nossa experiência para refletirmos
depois da resposta de nossa ação.
Mas precisamos dela para impregnar a nossa prática.
Não simplesmente pensando antes de nos colocarmos em ação,
mas calcando os nossos atos nesta sabedoria que vive em nós.




Com carinho e muita proteção a todos vocês.
Thadeu...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Diga Não





Diga não, pra qualquer controle
diga não, pra qualquer descaso
diga não, pra quem não te ouve
diga não...

diga não, pra quem destrói o mundo
diga não, pra quem constrói demais
diga não, pra falta de visão
diga não...

diga não, pro prépotente
diga não, pro submisso
diga não, pra tudo isso
diga não...

diga não
pra ser ouvido, seja positivo

diga não, pra quem faz à guerra
diga não, pra quem foge à luta
diga não, pra ter paz na terra
diga não...

diga não, pra quem engole tudo
diga não, pra falta de apetite
diga não, pra quem não tem limites
diga não...

diga não, pra tantas leis
diga não, pra tantos crimes
diga não, pra ficar livre
diga não...

diga não
pra ser ouvido, seja positivo

diga não, pra quem tem demais
diga não, pra quem se deixa usar
diga não, pra desabafar
diga não...

diga não
pra ser ouvido, seja positivo
Não!

Herois-da-resistencia/diga-não

"Os braços de meu pai"

"Haverá lugar mais seguro no mundo, do que os braços de meu pai?

Haverá abraço mais forte, presença mais certa, do que a certeza de meu pai?

Depois de partir tantas vezes, depois de lutar tantas vezes, haverá outro lar para onde eu possa voltar, senão para a mansão do coração de meu pai?

Haverá professor mais dedicado, médico mais experiente, conselheiro mais sábio do que este?

Haverá olhos mais zelosos, ouvidos mais atentos, lágrimas mais sentidas, sorrisos mais serenos do que os dele?

Existirá mais alguém no mundo que lute por mim como ele? Que se esqueça de suas necessidades pensando nas minhas? Que esteja lá, em qualquer lugar, a qualquer hora, por seu filho?

Existirá mais alguém no mundo que renuncie a seus sonhos pessoais por mim, e que chegue até a tornar os meus sonhares os seus próprios, por muito me amar, e por muito querer me ver feliz? Existirá alguém?

Raros são os corações como o dele. Raro como a chuva durante a estiagem. Raro como o sol nas noites eternas dos pólos terrenos."

Nossos pais são únicos. São destas almas que Deus, em sua bondade sem fim, coloca em nossas vidas, para torná-las completas.

Nossos pais são únicos. São as estrelas que permanecem no firmamento, dando-nos a beleza e a luz da noite, sem nada exigir em troca.

São tão valorosos, que mesmo após se tornarem invisíveis aos olhos, e serem vistos apenas em fotografias e sonhos, continuam conosco, com o amor de sempre, com o abraço seguro de todas as horas.

É por tudo isso que preciso lhe dizer, pai, não somente hoje, mais em todas as manhãs que a vida nos proporcionar; que se meus passos são mais certos hoje, é porque souberam acompanhar os seus; que se hoje sou mais responsável, é porque minha responsabilidade se espelhou na sua; e que se hoje sonho em ser pai, é porque tive em você a maior de todas as inspirações.

Não sabemos ao certo o tempo em que estaremos juntos, aqui, nesta jornada, mas saiba que nada me fará mais feliz no futuro do que reencontrá-lo, tantas e tantas vezes, em tantas e tantas vidas, porque jamais existirá lugar mais seguro no mundo, do que os seus braços, meu pai querido.

Minhas preces têm em seus versos o seu nome.

Meu espelho tem as feições que seu semblante me emprestou.

Minha fé tem a sua certeza, a sua confiança.

Meu coração tem as sementes das suas virtudes, e o livro da história de minha felicidade, tem em todas suas páginas, a palavra "pai".

"A sentença que condenou Jesus à Morte"




A sentença que condenou Jesus à morte na cruz

Este documento apareceu publicado no
"Jornal de Frankfurt", nº115,
de 26 de abril de 1839.
Referindo-se a ele, escreveu o
"Jornal de Frankfurt":-
"O acaso pôs em nossas mãos o documento
mais importante que havia sido registrado
nos anais humanos, isto é, a condenação
à morte de Jesus Cristo.
Publicamos esse documento tal como nos
foi remetido".
"Sentença pronunciada por Pôncio Pilatos,
governador regente da Alta Galiléia,
ordenando que Jesus de Nazaré sofrerá
o suplício da cruz.
No ano dezessete do Império de
Tibério César, no vigésimo quinto dia do
mês de março, na Cidade Santa de Jerusálem,
Anás Caifás, sendo sacerdote e sacrificador
do Povo de Deus.
Pôncio Pilatos, governador da Alta Galiléia,
assentado na cadeira presidencial do Pretório,
condena Jesus de Nazaré a morrer sobre uma
cruz, entre dois ladrões, dando o grande e
notório testemunho do povo:
1º - Jesus é sedutor
2º - Ele é sedicioso
3º - É inimigo da Lei
4º- Intitula-se falsamente de filho de Deus,
5º- Pretende ser Rei de Israel,
6º- Entrou no templo, seguido de uma multidão
que levava, em mãos, palmas.
Jesus sairá da cidade de Jerusalém pela
Porta Aruenna.
Ordena ao primeiro centurião Quinto
Cornélio de conduzi-lo ao lugar do suplício.
Proíbe a qualquer pessoa, seja pobre ou rica,
impedir a morte de Jesus. As testemunhas que subscreveram a sentença contra Jesus são:
1º - Daniel Robani Fartiseu
2º - João Zorobatel
3º - Rafael Roboni
4º - Capet, Homem do Povo.
Jesus sairá da cidade de Jerusalém pela
Porta Aruenna."
Essa sentença incisa em uma lâmina de ébano
está em um vaso na sacristia de Caserta.
A tradução que se lê foi feita pelos membros
da comissão das Artes.
Os Cortesinos, mediante suas súplicas,
obtiveram que esta lâmina nao lhes fosse
tomada, compensando com grandes sacrifícios
que haviam feito pela Armada.
Denon havia feito fabricar uma lâmina do mesmo
modelo, sobre a qual fez inscrever a
mesma sentença.
Na venda do seu gabinete, esta foi comprada
por Lord Howard, por 2890 francos.

"CRIADOR X CRIATURA"




Cada um de nós é ao mesmo tempo criador e criatura.
Dependendo da ênfase que se dá a uma ou outra faceta, o resultado pode ser bem diferente
Se a opção recair sobre o criador, a vida
pode pode ganhar um novo propósito e
consequentemente, novas cores.
Se a escolha recair sobre a criatura,corre-se o risco de ficar acorrentado pelo hábito, repetindo sempre as mesmas coisas e banalizando a existência.
O ser humano é extremamente resistente a coisas novas.
É como se o cérebro não tivesse sido
desenhado para gostar de coisas novas.
A novidade faz com que o cérebro saia de sua zona de conforto.
Por isso, assim que se aprende a fazer algo, a tendência é repetir sempre a mesma operação.
E isso condena os seres humanos a ficarem escravos de suas memórias.
Um pequeno exemplo:
o que lhe vem à cabeça quando se diz "casa"? Podem ter surgido várias imagens:
a casa onde se passou a infância, a dos pais, a atual....
Pois bem, se a gama de possibilidades é tão grande, porque fazer sempre do mesmo jeito?
Porque há um padrão mental adquirido.
Prestigia-se mais a criatura do que o criador.
A criatura deixa-se levar pelo fácil apelo da memória.
Isto acaba arrefecendo a razão de existir do ser humano (e aumenta a incidência de infartos às segundas-feiras de manhã).
Morre-se porque se perde o propósito da vida, que é o real entendimento do mundo, que é ter oportunidade de mostrar os talentos únicos que temos.
Por isso, segue uma advertência:
VOCÊ NÃO É O PENSAMENTO.
VOCÊ É QUEM PENSA,
É O ESPAÇO ENTRE OS PENSAMENTOS
COM INFINITAS GAMAS DE
PROBABILIDADES.
E É ISTO QUE LHE DIFERENCIA
DA PESSOA DO LADO.
"SOMOS DO TAMANHO DOS NOSSOS
SONHOS"

"A PEDRA DO TOQUE"




Existe uma lenda que conta que, quando a grande biblioteca de Alexandria foi queimada, um livro foi salvo. Mas não era um livro de muito valor, por isso um homem pobre, que pouco sabia ler, comprou-o por uns tostões. O livro não era realmente muito bom, mas nele havia algo interessantíssimo. Era um tipo de pergaminho, no qual estava escrito o segredo da "pedra de toque".

A pedra de toque era uma pedrinha comum, que podia transformar qualquer metal em ouro puro. No pergaminho estava escrito que era encontrada nas praias do Mar Negro, misturada a outras milhares e milhares de pedras exatamente iguais a ela. Mas o segredo era este: a pedra real era quente, enquanto as outras eram frias. Então, o homem vendeu os seus poucos pertences, comprou alguns mantimentos e foi acampar na praia, onde começou a testar as pedras.

Esse era seu plano: ele sabia que se pegasse as pedras comuns e as jogasse de volta ao chão, poderia pegar a mesma pedra centenas de vezes. Então, quando pegava uma fria, ele a jogava ao mar. Assim, passou uma semana, um mês, um ano, três anos... e o homem não encontrava a pedra de toque. Mas, mesmo assim, ele continuava: pegava uma pedra, era fria, jogava-a no mar... e assim por diante. Imagine o homem fazendo isso por anos e anos: pegar uma pedra, senti-la fria, jogá-la no mar... de manhã até a noite, por anos e anos.

Mas, uma manhã, ele pegou uma pedra que estava quente, e jogou-a no mar. Ele criara o hábito de jogar as pedras no mar, vocês compreendem, e o hábito fez com que ele jogasse a pedra quente também, quando finalmente a encontrara. Pobre homem!

É assim que a mente funciona.
A confiança é uma pedra de toque. Muito raramente você encontra alguém em quem você pode confiar. Muito raramente você encontra um coração quente, amoroso, no qual pode confiar. Normalmente, você encontra pedras que parecem a pedra de toque, quase iguais, mas São frias. Por anos, desde a infância, você pega uma pedra, sente-a fria, e a joga no mar.

Um dia é um fenômeno muito raro - você encontra a verdadeira pedra de toque. Você a pega, sente que é quente, mas, mesmo assim, você a joga. Então, você irá chorar, sem saber como isso pôde acontecer. É um simples mecanismo. Desde a infância, você aprende a desconfiar. Você é educado de tal maneira que não pode confiar. A dúvida foi colocada bem fundo no seu ser. Na verdade, é uma medida de segurança: se não duvidar, não sobreviverá. Você tem que olhar o mundo com olhos hostis,
como se todos fossem seus inimigos. Ninguém é quente, ninguém é uma pedra de toque. Você não pode confiar nem em seus pais. Aos poucos, a criança percebe que não existe ninguém em quem pode confiar. Os pais são muito contraditórios: dizem uma coisa e fazem outra. A criança sente-se confusa; é difícil para ela entender o que realmente a mãe quer. Na verdade, nem a própria mãe sabe. E, cada vez mais, a criança sente que é impossível confiar em alguém.

"ÁGAPE"




Ágape (em grego "αγάπη", transliterado para o latim "agape"),
é uma das diversas palavras gregas para o amor.




Quando perguntado qual era o maior mandamento,
Jesus disse: "Amai (ágape) ao senhor vosso Deus
com todo vosso coração e com
toda vossa alma e com toda vossa mente”.
Este é o primeiro e maior de todos os mandamentos.
E o segundo é: "Amai (ágape) vosso próximo como a vós mesmos.
Toda a lei e os Profetas residem
nestes dois mandamentos". (Mateus 22: 37-41).




No Sermão da Montanha Jesus diz:
"Ouvistes dizer: 'amarás (ágape) teu irmão e odiarás teu inimigo',
mas eu vos digo: amai (ágape) vossos inimigos,
fazei o bem aos que vos odeiam,
e orai por aqueles que vos perseguem e maltratam,
pois deste modo sereis filhos de vosso Pai nos céus,
aquele que faz com que o sol se levante
sobre o mau e sobre o bom,
e faz chover sobre o justo e sobre o injusto.
Se amais apenas aqueles que vos amam,
que recompensa tereis?"
Luz e Paz!

"Luz do Natal"






Cintilância não é sinônimo de harmonia e paz.

Há claridade nos incêndios destruidores que consomem vidas e bens.

Resplendor sinistro transparece nos bombardeios que trazem a morte.

Reflexos radiosos surgem do lança-chamas.

Relâmpagos estranhos - assinalam a movimentação das armas de fogo.

No Evangelho, porém, é diferente.

Comentando o Natal, o evangelista Lucas assevera que o Cristo é a luz para iluminar as nações.

O Mestre não chegou impondo normas ao pensamento religioso.

Não interpelou governantes e governados sobre processos políticos.

Não disputou com os filósofos quanto às origens do homem.

Também não concorreu com os cientistas na demonstração de aspectos parciais e transitórios da vida.

Contentou-Se em fazer luz no Espírito imortal.

Seu ministério endereçava-Se aos povos de todo o mundo.

Mas Ele não marcou Sua presença com expressões coletivas de poder.

Absteve-Se de movimentar e formar exércitos e sacerdócio, armamentos e tribunais.

Preocupou-Se com o que de fato interessava.

Trouxe claridade para todos, projetando-a de Si próprio.

Revelou a grandeza do serviço à coletividade por intermédio da consagração pessoal ao bem infinito.

* * *

Nas reminiscências da época do Natal, medite sobre o roteiro que você elegeu.

A quê ele o conduz?

Você tem luz suficiente para a marcha?

Que espécie de claridade está acendendo em seu caminho?

Fuja ao brilho fatal dos curtos-circuitos da cólera.

Não se contente com a lanterninha da vaidade que imita o pirilampo de vôo baixo dentro da noite.

Apague a labareda do ciúme e da discórdia que atira corações aos precipícios do crime e do sofrimento.

Também não confunda o período natalino com o brilho dos enfeites das lojas.

Em breve, essa cintilação se extinguirá, mas você permanecerá em sua jornada.

Aproveite a habitual pausa de final de ano para refletir com profundidade sobre sua vida.

Identifique as opções que lhe orientam os caminhos.

Raciocine sobre os hábitos por você mantidos e que revelam seu mundo íntimo para os semelhantes.

Estarão eles de acordo com os ensinamentos do Divino Mestre?

Jesus disse que Seu jugo era leve e ofereceu a Sua paz.

Na seqüência, revelou-Se como o caminho da verdadeira vida, e fez o convite.

Quem quisesse, deveria tomar sua cruz e segui-Lo.

Tomar a própria cruz e caminhar com o Mestre significa imitar Seus luminosos exemplos.

Não há felicidade nos distúrbios e no erro.

Os resplendores da vida terrena bem cedo produzem enfado.

* * *

Se você procura o Mestre Divino e a experiência cristã, para além das ilusões do mundo, pare e reflita.

Lembre-se de que há na Terra clarões que ameaçam, perturbam, confundem e anunciam arrasamento.

Ser cristão, desfrutar de Sua sublime paz, implica cooperar com Ele.

Para isso, é necessário dispor-se a extinguir as trevas, acendendo em si próprio aquela sublime luz para iluminar.

É indispensável dispor-se a amar e servir, fazendo disso um hábito, pela repetição incessante.

Pense nisso.





Autor:
Redação do Momento Espírita, com base no cap. XLIV do livro Segue-me!..., pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

sábado, 18 de dezembro de 2010

"Jesus de Nazaré"




Aqueles eram dias em que Roma dominava o mundo...

Sua águia sedenta de sangue sobrevoava o cadáver das civilizações e povos vencidos.

Os valores éticos eram esquecidos...

A desconsideração moral permitia que os ideais da humanidade fossem manipulados pelas estruturas políticas odientas que levavam por terra as construções filosóficas e espirituais do passado.

Foi nessa paisagem que Jesus veio apresentar a doutrina de amor, propondo uma nova ordem fundamentada na solidariedade fraternal.

Surgiu na Terra o Homem-Luz para modificar a arcaica estrutura do homem-fera.

Tratava-se de Personalidade inconfundível e única. Deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível.

Longos e sedosos cabelos molduravam-Lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida.

Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia.

Irradiava da Sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.

Sua palavra, Seus feitos, Seus silêncios estóicos dividiram os tempos e os fatos da história.

Conviveu com a ralé, e, trabalhando-a logrou fazer heróis e santos, servidores incansáveis e ases da abnegação...

Utilizando-se do cenário da natureza, compôs a mais comovedora sinfonia de esperança. Na cátedra natural de um monte, apresentou a regra áurea para a humanidade, através dos robustos e desafiadores conceitos contidos nas bem-aventuranças.

Dignificou um estábulo e sublimou uma cruz...

Exaltou um grão pequenino de mostarda e repudiou a hipocrisia dourada dos poderosos em trânsito para o túmulo, quanto a covardia mofa, embora disfarçada, dos déspotas da ilusão mentirosa.

Levantou paralíticos.

Limpou leprosos.

Restituiu a visão a cegos.

Reabilitou mulheres infelizes.

Curou loucos.

Reanimou desalentados e sofredores.

Em troca do amor que dedicou foi alçado à cruz...

Seus pés, que tanto haviam caminhado para a semeadura do bem, estavam ensangüentados.

Suas mãos generosas e acariciadoras eram duas rosas vermelhas, gotejando o sangue do suplício.

Sua fronte, em que se haviam abrigado os pensamentos mais puros do mundo, se mostrava aureolada de espinhos.

O Mestre, todavia, que vivera e falara da Boa Nova que é toda uma cascata de luz e de alegria, prenunciando a vitória da vida sobre a morte, do bem sobre o mal, da bondade sobre a perversidade, roga a Deus com extrema sinceridade:

"Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!..."

***

O amor é o perene amanhecer, após as sombras ameaçadoras.

A palavra de Jesus, na tônica do amor, é a canção sublime que embalou Sua época e até hoje constitui o apoio e a segurança das vidas que se Lhe entregam em totalidade
.

"CERTEZA DO INESPERADO"




Flores em botão arrancadas.
Secas.
Caídas sobre a terra nua e vermelha.
Tratores, máquinas movimentando tudo como se nada fosse.
Moto-serra.
O ar parado.
As árvores imóveis e mudas.
Hirtas de pavor e inércia.
Dentre elas, uma se agita.
As folhas se lançam ao ar num balé macabro.
Estrondo.
Tomba ao chão com todo o seu vigor.
A paisagem se modifica.
No início era tudo lento.
Agora um novo mundo vai surgindo, como se brotasse do nada.
Um nada provocado.
E tudo nos parece fatal e inevitável.
A vida assim nos parece.
Como uma grande fatalidade.
O destino está traçado.
E não nos apercebemos do modo como delineamos o futuro.
Como pautamos num presente incompreensível as sementes de um amanhã que nunca chega.
O cimento veste a terra. Como uma armadura a reveste.
E tudo fica limpo, asséptico, higiênico.
Mas a vida se prepara e responde.
De uma pequena rachadura no asfalto surge uma pequenina planta.
Na sua fragilidade esconde-se uma determinação firme e inabalável e ela rompe o asfalto e cresce e se desenvolve.
Bastariam dez anos sem que o homem circulasse pelas ruas de uma cidade para que a natureza a invadisse por inteiro e tomasse de volta o que é seu.
E tudo o que foi construído e toda civilização ruiria por terra.
Restariam os homens que, atônitos, perguntar-se-iam: E onde tudo está?
E como se foi?
É preciso que se reconstrua tudo novamente...
E perplexos, constatariam a inutilidade de todos os seus gestos.
Um exemplo fictício mas que bem demonstra a fragilidade da estrutura sobre a qual edificamos nossos sonhos: nossa vida.
Talvez ganhássemos mais se passássemos a nos vincular ao que verdadeiramente importa.
Se despertássemos nossa sensibilidade para o inesperado que a todo momento surpreende os nossos moldes pré-concebidos do existir.
Talvez pudéssemos compreender os seus avisos, a sutileza de suas sugestões a nos propor entradas e saídas.
Talvez, assim, não veríamos nos grandes atos de transformação mais do que necessidades planetárias, mais do que respostas aos anseios secretos de milhões de seus habitantes.
Nós sabemos de tudo isso.
É que estamos esquecidos.
Aprendemos assim.
Não estamos habituados às mudanças de paradigma e o que julgamos surpreendente e inesperado nada mais é do que uma entre as muitas possibilidades.
Mas se esperarmos por ela, outra diferente virá.

"Sois Caminhante Ainda"

Sois puramente vossas mãos.
Essas mãos que batem,
Essas mãos que afagam...

Sois, constantemente, vossa mente
Que engedra,
Que decide,
Que impera,
Que seleciona.

Sois, às claras,
Sorriso, passividade,
Iniciativa, deslumbramento.

Sois, no escuro,
Insegurança, choro,
Solidão, rancor.

Sois, a sós,
Silêncio, calmaria,
Preparo, memórias.

Sois, como todos,

a falta de pulso que vos esconde

a falta de coragem que vos atrasa

a falta de roupagem que vos intimida

a falta de lugar que não vos abriga.

Pois sois caminhante ainda,
Plantando e cultivando
Colhendo e destruindo.
Trabalhando, oferecendo
O que, na verdade, ainda não compreendestes.