Quando menino ouvia a cantilena
Do sino da Igreja Matriz.
Era o chamamento para a missa dominical
As pessoas rezavam e tomavam a hóstia
As crianças brincavam em sua
feliz inocência
Os adultos eram menos desconfiados
e mais filantropos.
Se havia injustiça (é claro que havia)não tomava conhecimento dela
Se o tédio se abria como uma flor de amargura.
Eu não tomava do seu fel.
Ontem já passou, o amanhã se dilata para o futuro.
Na curva das idades já desviei para uns poucos meses além de meio século de vida.
A antiga goiabeira do meu quintal foi Docejada.
A casa onde passei a minha infância
Desfigurou-se de suas características Primitivas
.Sinal de que o tempo é implacável.
Hoje cresci, adulto tornei-me.
E já não ouço a cantilena do sino da Igreja Matriz.
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