Somos almas viajantes,
cruzando o
tempo e a distância
entre aquilo que
desejamos ser
e o que realmente somos.
Como na escola da vida, ainda no jardim
da infância.
Representando papéis diferentes a cada
nova jornada.
Etapas que vamos cumprindo com erros
e acertos,
acumulando dívidas e bençãos
em nossa caminhada.
As dívidas resgatamos com suor, lágrimas
e por vezes muita dor.
As bençãos são os lenitivos.
Fecha cicatrizes, cura feridas.
São decorrentes do amor que exercemos,
seja no amparo aos irmãos caídos,
seja no
nosso próprio mover,
no caminhar em
direção a Luz.
Alma querida!
Se a dor lhe visita constantemente,
aprende
que, somente o amor incondicional pode
libertar.
O abençoar o pão e o dia, o resgatar
do aflito,
o dividir o pão que por vezes é tão
pequeno.
O amor pede passagem na sua vida.
Abra as janelas do seu coração e se
livre do ranço do tempo:
- perdoe,
- ampare,
- não julgue,
- não calunie,
- não atire a pedra que está na mão.
Antes, livre-se das velhas roupas, como
Francisco de Assis,
dispa-se do mundo.
Fique com a simplicidade da vida,
que
lhe sorri como quem abraça. E Deus,
Pai de infinita misericórdia,
cobrirá sua
vida com paz e Graça.
Fruto do seu esforço no caminho do bem,
ainda que sem acreditar em nada e em
ninguém, soube seguir no caminho da retidão,
soube estender a mão, praticou o Evangelho
Vivo, sem nunca tê-lo lido.
Somos almas viajantes em busca de um porto
seguro,
onde possamos ancorar nossos
barcos envelhecidos, remoçados pela certeza,
para vivermos a eternidade dos dias, em
harmonia com a Natureza,
fonte de toda a
beleza.
Que assim seja!
(Paulo Roberto Gaefke).