O tempo de ontem, de hoje e amanhã,
não muda o seu trajeto no mundo.
Há várias línguas, diversos lugares,
montanhas e desertos.
E o tempo está ali, presente,
constante, sem parar.
Sem idade, não perde o fôlego
no caminhar da humanidade,
tornando-se imperceptível em suas horas.
Mas são vários os tipos de tempo.
Há, por exemplo, o tempo da fantasia,
onde as crianças alegram as brincadeiras,
onde a realidade não possui defeitos.
No tempo de crescer e de aprender,
as descobertas alimentam os sentidos e
nos direcionam para nossos desejos mais íntimos.
E em alguns minutos podemos ganhar,
correndo risco de perder.
Em segundos sentimos
ora a euforia da felicidade
ora as lágrimas da tristeza.
Se o tempo da paixão às vezes desestrutura
o equilíbrio, o tempo do amor pode
restaurar os ânimos dos pensamentos.
Mas o que o homem não valoriza,
hoje, é o tempo da atenção.
Pois o tempo, agora, é o
“tempo dos sem tempo”.
E então, meu sorriso não é notado.
Minhas palavras não são ouvidas.
O piscar dos seus olhos não enxergam minha beleza.
E o tic-tac do relógio não acompanha as bulhas do meu coração.
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