segunda-feira, 11 de abril de 2011

"Evolução"

Se devassássemos os labirintos

Dos eternos princípios embrionários,

A cadeia de impulsos e de instintos,

Rudimentos dos seres planetários;

Tudo o que a poeira cósmica elabora

Em sua atividade interminável,

O anseio da vida, a onda sonora,

Que percorrem o espaço imensurável;

Veríamos o evolver dos elementos,

Das origens às súbitas asceses,

Transformando-se em luz, em sentimentos,

No assombroso prodígio das esteses;

No profundo silêncio dos inermes,

Inferiores e rudimentares, Nos rochedos,

nas plantas e nos vermes,

A mesma luz dos corpos estelares!

É que, dos invisíveis microcosmos,

Ao monólito enorme das idades,

Tudo é clarão da evolução do cosmos,

Imensidade nas imensidades!

Nós já fomos os germes doutras eras,

Enjaulados no cárcere das lutas;

Viemos do principio das moneras,

Buscando as perfeições absolutas.


Espírito de Augusto dos Anjos


Psicografado por Chico Xavier

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