"O mundo recompensa com mais frequência as aparências do mérito do que o próprio mérito".
"Os homens deviam ser o que parecem ou, pelo menos, não parecerem o que não são".
"Para salvar o crédito é preciso ocultar a perda".
"Todos julgam segundo a aparência, ninguém segundo a essência".
"Difícil é reconhecer de longe / a índole de muitos, por mais que sejamos sábios: / de facto, alguns escondem sob a riqueza a sua maldade, / outros, sob a miserável pobreza, escondem a sua virtude".
"Há pessoas que, ainda que pretendam ocultá-lo, perseguem um fim distinto das outras. A sua atitude perante a vida denuncia-os".
"Perdido no meio das engrenagens extremamente complexas das civilizações modernas, vendo apenas efeitos cujas causas ignora, a multidão sente-se tentada a atribuir a vontades particulares os acontecimentos que resultam unicamente das leis gerais que regem o encadeamento das coisas".
"Um acontecimento vivido é finito, ou pelo menos encerrado na esfera do vivido, ao passo que o acontecimento lembrado é sem limites, porque é apenas uma chave para tudo que veio antes e depois".
"Um verdadeiro amigo é o maior de todos os bens e igualmente, de todos, aquele que menos nos preocupamos em adquirir".
"Ninguém é tão desprovido de amigos para não encontrar um suficientemente sincero que lhe diga verdades desagradáveis".
"Esta coisa absurda e magnífica, entre o muito mau e o bem supremo, que se chama com ligeireza amor".
"O remorso é uma impotência, ele voltará a cometer o mesmo pecado. Apenas o arrependimento é uma força que põe termo a tudo".
"É possível repousar sobre qualquer dor de qualquer desventura, menos sobre o arrependimento. No arrependimento não há descanso nem paz, e por isso é a maior ou a mais amarga de todas as desgraças".
"O homem é o único animal que não aprende nada sem ser ensinado: não sabe falar, nem caminhar, nem comer, enfim, não sabe fazer nada no estado natural, a não ser chorar".
"A felicidade é igual, quer se encontre numa pessoa rica quer numa de condição humilde".
(Encerro com este poema leia e reflita)
-A Obra o Leva-
Depois de havê-lo feito, a obra o leva
pela tarefa maior
em que quase de si e dela se desprenda
para ampliar somente a solidão.
Mas uma solidão em que tropeça
a linha, às vezes, a descrever-se com
aquela claridade de paciência
que a leva além de onde jamais andou.
Oscila, treme, timbre de tristeza
o espaço à volta.
E o sítio aonde for
será cidade surdida de uma mesa
que ele fez longínqua.
E ela o coroou.
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LUZ e Paz!
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