Eu era olhos velando o seu sono
Eu era madrugada lambendo ruas
Eram nossas as músicas sem dono
Que tocavam nas miradas tuas
Sou o ser entrevado na madrugada
Você a vida que clareia por essência
Musa de noites inteiras atravessadas
Agora, dona de minhas conseqüências
é o meu alguém pra eu cuidar bem
é o motivo de querer ser imortal
é eterna mudança que a mudança tem
De ser sempre o ser transcendental
E enquanto espero te cuido em rosas
Enquanto durmo te desenho de luz
Enquanto desejo, te refaço em prosa
Que te envio em trinta e um maios azuis
Te mandarei oito mil rosas azuis
Uma poesia meio prosa inacabada
Teu clarear é a lanterna que conduz
Meus passos nessa longa madrugada
“... uma noite longa, para uma vida curta...”
Nenhum comentário:
Postar um comentário