domingo, 13 de fevereiro de 2011

"Chave de Mim"




Olhos teimam em buscar,
os sonhos subjugados
a esse diário sem ontem,
perdido nesta amnésia gris.

As coisas sem sombras
parecem tão mórbidas,
vampirizadas pelo nada,
abatem meus sonhos em fila.

Estou ancorado nestas ruas,
Não posso romper as linhas
Nem ver além destas esquinas
Sem ver além de meus passos...

Incapacitado de andar...
Sem abrir as portas do futuro
Com das chaves do passado
Só me tranco no presente...

...É minha prisão na eternidade,
assistindo a uma goteira incessante,
que dita o ritmo do silêncio,
que cala as cores neste dia.

Parece que vivo caminhando...
para sempre chegar no mesmo lugar.
Sem o azul do céu como posso
Deixar e ver as pegadas que criei?

Deste azul, pai das cores,
Pai e guardião do tempo.
Que me traz o movimento,
e recebe meus sorrisos
e meus lamentos...

Nestes dias cinzas,
Guarde a chave de mim...

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