Diz-se que, antes de um rio cair no oceano, ele treme de medo.
Olha para trás para o longo caminho, que percorreu,
e vê a sua frente um oceano tão vasto
que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas o rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.
Voltar é impossível na existência.
Você pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E só quando ele entra no oceano é que o medo desaparece,
porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano,
mas tornar-se oceano.
Por um lado, é desaparecimento, e,
por outro, renascimento.
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