Há os que tecem o linho e vivem nus,
Os que ceifam o trigo e passam fome,
Os que aclamam reis e não tem nome,
Os que pagam o ensino e não tem luz.
Pregada a ignomínia daquela Cruz,
A existência do obscuro me consome,
Até que o desespero ao auge assome,
Vem a revolta e ao inferno me conduz.
Nesse transe, imploro uma chance...
Ao nosso inviso Criador, que nos olhe,
E aos desprecavidos, uma luz se lance.
Que ninguém acuses, em teu desatino,
Deus sempre suas criaturas acolhe,
As dores, só nós impomos ao destino.
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